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Juros, teto de gastos, orçamento: as artimanhas da Direita brasileira

Por Darlan Reis Jr., historiador


Enquanto a vida da população brasileira em geral só piora, devido às relações sociais e de poder estabelecidas, somos bombardeados com a manipulação midiática. Todos os dias, os grandes portais, jornais, canais de TV promovem a defesa do neoliberalismo de forma massiva, criando o chamado "senso comum". Por isso, muitas vezes culpam apenas a "corrupção" como sendo o principal problema do Brasil, quando na verdade, as políticas "honestas" da Direita brasileira é que destroem as condições de sobrevivência do povo. A corrupção é mais um dos problemas, mas se todos os governantes fossem honestos, com a política que promovem, a vida do povo continuaria péssima.


Temos um dos piores orçamentos do planeta, que serve para sustentar a elite financeira do país. Não é apenas a questão do "orçamento secreto" para o "Centrão", como insiste a mídia neoliberal, não é apenas a política nefasta do governo Jair Bolsonaro. Há muito tempo que o Brasil segue uma política econômica baseada nos juros altos, desindustrialização, privatizações, ajustes fiscais, reformas que tiram direitos sociais e previdenciários.


Segundo o site da Auditoria Cidadã da Dívida, o orçamento federal executado em 2020 foi de R$ 3,535 TRILHÕES. Agora observe o gráfico e veja o quanto se gasta com previdência social, educação, auxílio emergencial, saúde, dentre outros e o quanto se paga com juros e amortizações da dívida pública.



Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida


Enquanto o Banco Central promove uma política de juros altos, os banqueiros agradecem, os programas de TV dão dicas de "como economizar combustível e energia elétrica" e pedem para você tomar banho mais rápido para "salvar o planeta", enquanto proliferam os "coachs" e "influencers" que prometem te ensinar a "ficar rico investindo", enquanto os políticos tradicionais se preparam para o circo eleitoral dos horrores, falando em "saúde e educação" ou "pátria, família e propriedade", o povo vai sendo influenciado pelo discurso sobre "não é possível dar calote", ou, "não se pode gastar mais do que se arrecada", ou pior ainda, "se não fizermos as reformas o Brasil irá quebrar".


A pergunta que deixo a você, leitor e leitora, é: os políticos, partidos, grupos que você apoia, dizem o que sobre essas questões? Qual é a posição deles? É importante pensar nisso.

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