Sued Carvalho, professora.
Bolsonaro perdeu nas ruas! As motocadas de velho broxa convocadas pelo presidente fascista minguaram, enquanto a esquerda, no dia 29 de maio, levaram aproximadamente 500 mil para a rua, enquanto as do dia 19 de junho colocaram, mais uma vez, milhares de manifestantes em mais de 116 cidades para gritar “Fora Bolsonaro”.
Nas ruas a esquerda venceu! Devemos comemorar, mas não nos contentar, é preciso manter o território conquistado e avançar.
UM CALENDÁRIO DE LUTAS É IMPRESCINDÍVEL!
As manifestações do dia 29 de maio e 19 de junho tiraram as grandes organizações de esquerda do imobilismo, a frente Povo na rua, fundada por partidos de esquerda radical como Unidade Popular pelo Socialismo e Partido Comunista Brasileiro conseguiu tirar do sofá forças que resistiram, desde o ano passado, a organizar os trabalhadores em protestos. É uma vitória, sem dúvida! Porém, é preciso que os protestos continuem, é preciso manter o clima de mobilização constante e, a médio prazo, construir a greve nacional, evitando que as forças eleitoreiras de esquerda impeçam os avanços reais dos trabalhadores e trabalhadoras na construção do poder popular.
A HEGEMONIA DA ESQUERDA DEVE SER SOBERANA E INQUESTIONÁVEL!
“Não importa se é de centro ou de direita”, dizem alguns, “Se for pelo Fora Bolsonaro, cole nos protestos”. Quem diz tais impropérios acredita que as organizações de esquerda estão na rua pela derrubada do indivíduo Jair Bolsonaro da presidência apenas, o que é incorreto. As manifestações são pela derrocada do projeto Neoliberal no Brasil, que, no momento é representado pelo governo de Jair Bolsonaro. Como pode a esquerda esperar contar com os neoliberais, defensores das privatizações e de medidas de austeridade que servem para empobrecer os trabalhadores ainda mais? Seria um erro medonho e estúpido! As manifestações devem ser de esquerda e acabou-se! Algo diferente disso resultaria no desastroso esvaziamento das pautas!
NENHUM PASSO ATRÁS! NENHUMA CONCESSÃO AOS NEOLIBERAIS!
PRESSÃO SOBRE CENTRAIS SINDICAIS!
As centrais sindicais devem ser pressionadas a puxar paralizações nacionais e a pautarem a greve geral pela Vacina no braço, comida no prato, pelo fora Bolsonaro e pelo fim da tramitação da Reforma Administrativa! Não puxar paralização nacional nesse momento é ser cúmplice do Bolsonarismo! As bases e forças que compõem organizações sindicais tem pro obrigação pressiona-las!
OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER!
Vencer Bolsonaro nas Urnas não é, nem de longe a solução ideal! Os candidatos da esquerda eleitoreira à presidência da República afirmam que não vão às manifestações para não transformá-las em “palanque eleitoral”! MENTIRA DESLAVADA! Não vão, na verdade, para não comprometer suas negociatas com a burguesia rentista, que espera esfomeada Lula transformar a Caixa Econômica Federal em Empresa de economia Mista, entre outras coisas. Um governo eleito que não esteja em constante contato com as massas trabalhadoras está fadado a fazer o jogo da burguesia.
Eleição não é solução! A solução é colocar o povo na rua, manter as organizações de esquerda em constante clima de mobilização, construir a greve geral, enquadrar os neoliberais e, por fim, construir o poder popular!
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