Por Vladimir Magalhães, professor.

O que podemos aprender com aquelas imagens que rolaram nas redes, de pessoas aglomeradas e sem máscaras num tradicional bairro do Rio de Janeiro? É a famigerada classe média brasileira que precisa se acostumar com o novo “normal”. Então o novo normal é morrer 1000 brasileiros por dia e à noite irmos p o Leblon tomar um chopinho?
Para ser sincero, não me choca o fato dessa classe média ir até o Leblon, desfrutar de seus “prazeres”, mas o que me aborrece é saber que essas pessoas podem contaminar as diaristas, babás, porteiros e toda a massa de trabalhadores que vivem p cuidar dessa elite egoísta e irresponsável.
Essa elite não teme a morte, pois sabem que terão acesso à melhor assistência médica possível. Não podemos nos esquecer que um dos primeiros casos de Covid no Estado do Rio foi de uma empregada doméstica que foi contaminada pela patroa.
Essa elite que não quer se manter em isolamento, é a mesma que critica as cotas, o bolsa-família e qualquer programa social que possa afetar seus interesses em manter seus “serviçais”, ou seja, mão de obra barata p que eles possam perpetuar o regime de exploração.
O abismo que vivemos atualmente no Brasil não é apenas social, é ético também, e para esse não teremos uma vacina.
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